Conexão Recife-Medellín: a Colômbia e suas transformações urbanas

Após cinco anos da primeira visita técnica à Colômbia, que resultou no livro As Lições de Bogotá & Medellín – do Caos à Referência Mundial, de autoria do gestor público Murilo Cavalcanti e assessoria do consultor Francisco Cunha, pernambucanos realizaram nova missão técnica ao país em julho de 2018. O resultado da viagem poderá ser conferido no novo livro Conexão Recife-Medellín – Aprendendo com as mudanças urbanas mais transformadoras do mundo, escrito por Francisco Cunha, Murilo Cavalcanti e Jorge Melguizo e com previsão de lançamento para março de 2019.

Na nova missão à Colômbia, o grupo formado por arquitetos, urbanistas e gestores públicos puderam fazer uma reavaliação das experiências urbanas nas duas cidades visitadas, Medellín e Bogotá, a partir de encontros e debates com autoridades locais. Segundo o consultor e sócio da TGI, o arquiteto e urbanista Francisco Cunha, que também integra o Observatório do Recife, a primeira publicação teve um importante papel no subsídio às discussões e debates relativos aos processos de mudança e intervenção urbana na cidade do Recife, inclusive no que diz respeito ao projeto Parque Capibaribe, desenvolvido a partir da parceria entra a Universidade Federal de Pernambuco, por intermédio do Inciti, e a Prefeitura do Recife.

A segunda missão de observação urbana à Colômbia resultou no conteúdo para a nova publicação, focado nas similaridades e diferenças entre Recife e Medellín, contextualizado a partir dos processos de mudanças que estão ocorrendo nas cidades. “Fizemos um detalhamentos dos processos do Recife e Medellín e os principais projetos das duas cidades, além das alternativas de intercâmbio entre elas”, destaca Francisco.

O livro Conexão Recife-Medellín será dividido em cinco capítulos. Na primeira parte, o consultor e professor de gestão pública e ex-secretário de Cultura de Medellín, Jorge Melguizo, fala sobre as amplas mudanças urbanas na cidade colombiana, guiadas pela cidadania. Entre os tópicos tratados, a realidade da cidade antes de sucumbir ao narcotráfico e os projetos estruturados que guiaram as mudanças.

No segundo capítulo, o consultor e urbanista Francisco Cunha foca no Recife e sua fragmentação histórica que começa a ser revertida. “Vamos tratar desde a parte histórica de uma cidade que nasceu portuguesa e foi planejada pelos holandeses às estruturações do Conde Boa Vista, de Saturno de Brito e Alfredo Lisboa. E sem esquecer da remodelação do bairro de Santo Antônio e os planos de expansão do Recife”, explica Francisco Cunha, que ainda vai tratar do início da rearticulação e a referência de Medellín.

Os outros capítulos abordam os cinco projetos ativos no Recife – Recife 500 Anos, Parque Capibaribe, Compaz, Plano de Mobilidade e Mais Vidas nos Morros -; a articulação Recife-Medellín desde o início da conexão até as projeções para o futuro; e para fechar depoimentos de urbanistas e gestores que estiveram na última missão à Colômbia em 2018.

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