A reversão do crescimento e a volta do pessimismo na economia
O anúncio pelo IBGE, na semana passada, dos números do PIB no segundo trimestre de 2001 sacramentou a suspeita que todos tinham sobre a queda do crescimento mas assustou pela magnitude.
O anúncio pelo IBGE, na semana passada, dos números do PIB no segundo trimestre de 2001 sacramentou a suspeita que todos tinham sobre a queda do crescimento mas assustou pela magnitude.
Há uma espécie de mito disseminado no âmbito da gestão empresarial de que uma boa estratégia é conseqüência de um planejamento criteriosamente executado e inspirado. James Collins, co-autor do muito bom livro "Feitas para Durar" (Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1995), tem uma frase incisiva a respeito.
Notícia divulgada pelo portal Terra, reproduzindo outra do Financial Times, dá conta de que pesquisa realizada na América Latina por uma entidade chamada Latinobarómetro constata que apenas 30% dos brasileiros acreditam na democracia, destacando que:
O mínimo que se pode dizer do sociólogo italiano Domenico De Masi, teórico do ócio criativo, é que é um personagem controverso. Defende fervorosamente a diminuição da carga horária de trabalho para que as pessoas possam ter mais tempo livre e dedicá-lo à prática do ócio mas dorme somente três ou quatro horas por noite dando conta dos compromissos assumidos. Faz uma defesa apaixonada do tempo livre mas parece se indignar quando é acusado de defender que se fique de "pernas para o ar", sem fazer nada.
Na quarta-feira 18.07.2001 o Banco Central efetivou o quinto aumento consecutivo da taxa básica de juros elevando a Selic de 18,25% para 19% ao ano. O aumento foi considerado moderado pelo mercado que esperava uma investida maior do BC na forma de um choque de juros para fazer face aos efeitos do contágio provocado pela prolongada agonia da economia argentina.
Há uma razoável confusão conceitual disseminada em publicações, conversas e opiniões emitidas quando o assunto é liderança. Principalmente no que se refere ao aspecto da tomada de decisão.
Atingida pelo petardo do racionamento de energia, a economia brasileira vai, no segundo semestre, sobretudo no terceiro trimestre, sentir os efeitos perversos da desaceleração. A conta é simples: se o crescimento verificado no primeiro semestre foi ao redor de 4%, para que a economia cresça, no total do ano 2001, em torno de 2,5%, como prevêem os economistas menos pessimistas, o crescimento no segundo semestre será próximo de zero. E, se essa previsão se confirmar, o terceiro trimestre terá crescimento negativo.
Há uma espécie de permanente debate em torno de qual o melhor perfil para o executivo hoje em dia. Aquele que tem capacidade de sonhar, propor metas ambiciosas ou aquele pragmático que tem os pés firmemente fincados no chão e não perde tempo com elucubrações que só desviam a empresa do rumo certo?
Após ter cometido o pior erro dos seus seis anos e meio de mandato e de ter ficado refém do mercado financeiro, assistindo a preocupante escalada do dólar, o governo Fernando Henrique Cardoso retomou, na semana passada, a iniciativa no comando da economia.
Conta a lenda que Edward A. Murphy, Jr. era capitão engenheiro da Força Aérea dos EUA e participava, em 1949, de testes sobre os efeitos da desaceleração rápida em pilotos de aeronaves. Para isso, construiu um equipamento que media os batimentos cardíacos e a respiração dos pilotos. Certo dia, chamado para consertar um defeito no aparelho, constatou que, embora só existissem duas maneiras (uma certa e outra errada) de fazer a coisa, todos os 16 sensores fixados no corpo do piloto de provas foram colocados da maneira errada. Então, formulou a sua famosa lei que, na versão original (segundo Priscila Arida Velloso, no livro "Oh! Dúvida Cruel- 222 Perguntas que Inquietam a Humanidade", Editora Record, São Paulo, 2000), tinha o seguinte enunciado: "se há duas ou mais maneiras de fazer alguma coisa e uma delas pode resultar em catástrofe, alguém o fará desta maneira".