Por que gestão colegiada?

Um dos mais difundidos mitos da gestão empresarial, em todos os tempos, é o da liderança carismática. Aquela que guia os destinos das organizações e das pessoas, definindo o rumo, indicando os caminhos, inspirando pelo exemplo, motivando, decidindo, sempre da melhor maneira possível.

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Aqui ninguém trabalha, não?

É comum ouvir-se essa pergunta após o recebimento da resposta: "está em reunião." A lógica é simples: se a pessoa procurada está em reunião é porque não está trabalhando. Pior: não só não está trabalhando como gastando inutilmente o seu tempo e o de outras pessoas. Isso porque, culturalmente, reunião é associada a perda de tempo. Como se a reunião de trabalho, bem executada é claro, não fosse, por sinal, uma das mais eficazes formas de administração do tempo gerencial. Basta um pequeno auxílio da teoria da comunicação para ilustrar.

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A pessoa ética no lugar certo

No número anterior, por engano, Roland Barthes, autor da frase "profissional de talento é aquele que soma 2 pontos de esforço, 3 pontos de talento e 5 pontos de caráter", foi qualificado como sociólogo francês. Barthes (1915-1980), na verdade, foi crítico literário e semiólogo, autor de livros como "O Sistema da Moda", "O Prazer do Texto" e "Mitologias." Formado em Letras Clássicas pela Sorbonne, exerceu forte influência sobre intelectuais de várias partes do mundo, tendo sido diretor da Escola Prática de Altos Estudos, da Universidade de Paris e pertencido ao Colégio de França, instituto que reúne os mais renomados sábios daquele país.

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Pessoa certa no lugar certo

Embora a expressão seja um lugar comum, uma das coisas mais difíceis da gestão contemporânea é fazer com que a pessoa certa ocupe o lugar certo nas equipes de trabalho e nas organizações. O que vemos com muita freqüência é, justamente, o oposto: ou a pessoa errada no lugar certo ou a pessoa certa no lugar errado.

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Pensar global ou local?

No ano passado a marca Coca-Cola, a mais valiosa do mundo, estava estimada em US$ 83,8 bilhões. Este ano, segundo pesquisa da Interbrand divulgada em julho, sofreu uma desvalorização de 13%, passando a valer US$ 72,5 bilhões. Com esse decréscimo, apesar de continuar em primeiro lugar, a Coca-Cola encosta na marca Microsoft, estimada em US$ 70,2 bilhões (um acréscimo de quase 25% em relação à estimativa anterior, apesar do processo que sofre nos EUA por práticas monopolistas).

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Distância suficientemente boa

Tancredo Neves foi um político emblemático da segunda metade do nosso século. Ministro de Justiça do presidente Getúlio Vargas, recebeu das mãos dele, momentos antes do mais rumoroso suicídio da história republicana, a caneta com a qual teria sido assinada a famosa carta-testamento. Parlamentar destacado, governador de Minas Gerais, presidente eleito, Tancredo, adoecendo na véspera da posse, morreu sem realizar o sonho para o qual se preparou a vida inteira. Todavia, deixou um legado político que inclui diversas histórias, observações sagazes e frases que lhes são atribuídas, dentre elas a seguinte:

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Quem não quer ser freguês?

A palavra está desgastada porque historicamente foi substituída por cliente. Mas o que conta é o espírito dela. Freguês era aquela pessoa conhecida pelo padeiro, merceeiro, açougueiro, verdureiro, farmacêutico etc. Todos sabiam seu nome, seus hábitos de consumo, concediam-lhe crédito sem qualquer exigência burocrática, perguntavam pela família, faziam sugestões, opinavam. Em suma, alguém que existia fisicamente e era reconhecido em sua singularidade. Era um integrante da freguesia (coletivo de freguês mas, também, paróquia, circunscrição territorial, proximidade...).

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