Complexidade da razãoe simplicidade da vontade
A fórmula citada por André Lara Rezende para o pessimismo e o otimismo se aplica muito bem, adaptada, para a complexidade e a simplicidade.
A fórmula citada por André Lara Rezende para o pessimismo e o otimismo se aplica muito bem, adaptada, para a complexidade e a simplicidade.
Há mais de duas décadas que o Brasil não apresenta, para um ano que se inicia, condições tão promissoras de desenvolvimento econômico. Mesmo com os riscos externos (petróleo, economia norte-americana e Argentina), não é excesso de otimismo prever crescimento do PIB na faixa de 5% e inflação na faixa de 4%.
A mais recente iniciativa do governo federal no campo tributário (um pacote de medidas que inclui a possibilidade de cotejamento da movimentação financeira das pessoas físicas e jurídicas, com base nas informações da CPMF, com os valores declarados para pagamento de impostos) está causando polêmica e muitos pedidos à justiça de reconhecimento de inconstitucionalidade. O argumento principal é o da quebra do sigilo bancário.
No Gestão Hoje anterior (número 308) foi abordado o tema do medo de pensar no pior como uma importante barreira para que pessoas e empresas façam o que precisa ser feito. Pela importância do tema (medo), este número se dedica a uma complementação em forma de pequena antologia de frases sobre o assunto.
Em 1983, época em que ainda imperava a guerra fria, foi lançado um filme com o título de "The Day After", direção de Nicholas Meyer, com Jason Robards (falecido em dezembro passado) no elenco.
No primeiro Gestão Hoje do ano, do século e do milênio, uma razão concreta para otimismo: visto do momento atual, o ano 2001 talvez seja o que oferece as melhores perspectivas em termos de crescimento econômico das duas últimas décadas.
A economia brasileira ainda é muito dependente de capitais externos para o fechamento do seu balanço anual de pagamentos (ver número 302 no site www.gestaohoje.com.br). Só em 2000 foram necessários U$ 25 bilhões de recursos novos para dar conta da diferença entre a entrada e a saída de divisas.
O ano de 2000 não pode ser considerado, do ponto de vista econômico, um ano bom mas, sem sombra de dúvidas, foi melhor que 1999.
Com a chegada do final do ano e a perspectiva de início de um ano novo (no caso de 2001, agora sim!, também uma nova década, um novo século e um novo milênio), surge a necessidade de avaliação do passado e de planejamento do próximo período. São sempre atividades que envolvem trabalhos em grupo.
Essa frase de Ulisses Guimarães, um dos políticos mais importantes da década, falecido num acidente de helicóptero no litoral de Angra dos Reis, dá a dimensão da importância do aproveitamento da oportunidade para as pessoas que têm a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam. Outra frase, essa de um empresário inglês, salienta um aspecto diferente da questão.