O que esperar após o início da primeira guerra do século 21?

Depois de uma ofensiva diplomática, aparentemente bem sucedida de quase um mês, os EUA iniciaram a ofensiva militar ao Afeganistão, ao que tudo indica, com o objetivo de desestabilizar a milícia Taleban e estabelecer um governo aliado no país. O que vai acontecer, é difícil antecipar, mas, certamente, é mais um passo no sentido da consolidação de uma ordem nova de coisas (ver a respeito o número 344).

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2001: o ano em que vivemos em perigo

2001 começou a existir muitos anos antes, precisamente em 1968, quando foi lançado o filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. Depois dos acontecimentos recentes, vale a pena pedir mais vez ajuda à industria cinematográfica para caracterizar o nosso estado atual. Trata-se do empréstimo do título do excelente filme O Ano em que Vivemos em Perigo de 1982, direção de Peter Weir, com Mel Gibson e Sigourney Weaver.

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Reflexões sobre guerra e paz

Na semana passada eclodiu o mais sério conflito entre israelenses e palestinos desde 1993, quando foi assinado o acordo de Oslo, ocasião em que Israel e OLP se reconheceram mutuamente e estabeleceram um cronograma para construção de uma solução pacífica para a milenar disputa territorial. Muitos avanços foram feitos até que as negociações esbarraram na jurisdição de Jerusalém, cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos e reivindicada como capital tanto pelos israelenses quanto pelos palestinos. A disputa pela cidade é um emblema da luta entre os dois povos: não estão dispostos a repartir, pelo contrário, reivindicam a mesma terra, a mesma pedra. Acrescentem-se a isso os radicalismos de parte a parte e têm-se a receita certa para a tragédia.

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Cronicamente inviável?

Há um filme brasileiro recentemente lançado com este título: "Cronicamente Inviável." É do cineasta paranaense, radicado em São Paulo, Sérgio Bianchi. A força da película está, segundo Fernando de Barros e Silva, editor do "Painel" da Folha de S.Paulo (na edição de 13.07.2000), na "abordagem antropológica que faz do Brasil, como se nos dissesse que somos uma ’sociedade de índios’, que sobrevive e se reproduz idêntica a si mesma há 500 anos, não apesar, mas justamente por ser cronicamente inviável (...) sua história é circular - ou gaguejante - e o progresso nela se faz à custa do atraso, que reproduz indefinidamente, deixando intacta a desigualdade social, o tema do filme."

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O que falta para dar certo

Nos dois números anteriores, o C&T, sob a influência das comemorações alusivas aos 500 anos do "achamento" do Brasil pelos portugueses, tratou do porquê de o país não ter, ainda, "dado certo" e apontou algumas razões para acreditar num futuro melhor. Neste número, terceiro e último dessa série, são relacionadas aquelas que parecem ser as "linhas mestras" do sucesso, o "caminho das pedras" em direção a um futuro menos injusto. Horácio Lafer Piva, presidente da Federação das Indústria do Estado de São Paulo, citou em artigo o que considera sejam os aspectos facilitadores do país para desenvolver-se:

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