CRISE NÃO É O FIM DO MUNDO

“Desesperar jamais / Aprendemos muito nesses anos / Afinal de contas não tem cabimento / Entregar o jogo no primeiro tempo.”

Ivan Lins e Vitor Martins

As notícias sobre o cenário econômico no Brasil para 2015 não são positivas e a cada dia, um novo destaque nos noticiários piora ainda mais esse cenário. A crise tornou-se lugar comum: PIB negativo, escândalos políticos, inflação… Uma situação nada confortável.
O primeiro efeito, óbvio, sobre os empresários é o clima de incerteza em relação ao que fazer; o segundo, comum, mas não tão óbvio, é o pessimismo; o pior, ainda mais deletério, é a paralisação.
As empresas precisam, ao contrário do desespero, preparação para agir ou reagir ao contexto, por mais caótico que possa parecer. O pânico impede de discernir os caminhos e de enxergar que, apesar da crise, a economia não para de girar. Algumas dicas que podem trazer inspiração nesta hora:
1. Cuidado com o caixa – Este é o momento de retardar alguns investimentos. Alguns, não todos, com foco principalmente, nos de maior peso, segurando decisões estratégicas mais onerosas, até que se tenha uma visão melhor do futuro. Reduzir despesas, sem perder qualidade ou capacidade competitiva e perseguir sempre que possível o aumento da receita.
2. Cuidado com as pessoas – Os empregados são o maior valor de uma empresa e seu diferencial crítico para a capacidade de competir, especialmente na adversidade. Se for inevitável cortar pessoas, que seja feito cuidando-se de tratar com respeito os que saem e preservar o clima dos que ficam. E sustentar, mesmo com a parcimônia que se fizer necessária, os investimentos em capacitação, que demonstram aposta no futuro.
3. Comunicação transparente – Em tempos de crise, alguns gestores não conversam com a equipe e muitas vezes até se “escondem”, para evitar constrangimentos. Não é a melhor opção! Se não conversam com o líder, as pessoas falam entre si, em geral imaginando o pior. Além disso, só compreendendo a dimensão da crise é possível pactuar cooperação e solidariedade.
4. Criatividade e inovação – Períodos de crise são também propícios para buscar alternativas novas de abordagem dos clientes ou para criar novos produtos. Observação atenta às necessidades dos clientes é uma boa fonte para descobertas criativas.
Surfar a crise e sair dela preservado não requer nenhum passe de mágica, mas não suporta o desânimo, muito menos o pânico. Exige, sim, determinação e senso estratégico, mantendo os parâmetros da boa gestão. Com crise ou sem crise só sobrevivem as empresas com gestão competente.
O Gestão Mais é uma coluna da TGI na revista Algomais. Leia a publicação completa aqui: www.revistaalgomais.com.br